quarta-feira, 18 de maio de 2011

Como orar (Martinho Lutero)

Para o mestre Pedro Barbeiro

Caro Mestre Pedro! Passo-lhe adiante minha experiência com a oração e a maneira como costumo praticá-la. Nosso Senhor Deus conceda a você e todos os demais que o possam fazer melhor. Amém.

Em primeiro lugar: Às vezes sinto que, por causa de ocupações ou pensamentos alheios, fiquei frio ou perdi a vontade de orar. Pois a carne e o diabo estão constantemente dificultando e impedindo a oração. Nesses momentos pego meu pequeno saltério, vou para o meu quarto ou, conforme o dia e a hora, para a igreja, em meio às pessoas. E passo a falar para mim mesmo, oralmente, os dez mandamentos, o credo e, dependendo da minha disponibilidade de tempo, diversas citações de Cristo, de Paulo  ou dos Salmos, tudo coisas como as fazem as crianças.

Por isso é bom que, de manhã cedo, se faça da oração a primeira atividade, e de noite, a última. E cuide-se muito bem desses pensamentos falsos e enganosos que dizem: Espera um pouco, daqui a uma hora vou orar, antes ainda tenho que resolver isto ou aquilo. Porque com esses pensamentos a gente passa da oração para os afazeres que prendem e envolvem a gente a ponto de não mais sair oração o dia inteiro.

Está certo que podem aparecer tarefas diversas tão boas ou até melhores que a oração, principalmente se a necessidade as exige. Corre um dito atribuído a São Jerônimo1: “Todo trabalho do crente é uma oração”. E há um provérbio que diz: “Quem bem trabalha, ora em dobro”, o que significa que uma pessoa crente teme e honra a Deus em seu trabalho, e se lembra do seu mandamento, para que não faça injustiça a ninguém, nem roube, engane ou defraude a ninguém. Essa atitude, sem dúvida, faz da sua ação, adicionalmente, uma oração e um sacrifício de louvor.

Por outro lado, também não é menos verdade que a obra de um descrente é pura maldição, e quem trabalha desonestamente impreca em dobro. Pois os pensamentos de seu coração durante o trabalho só podem ser tais que ele despreze a Deus, infrinja os mandamentos e faça injustiça a seu próximo, e procure roubar e defraudá-lo. Esses pensamentos, seriam eles outra coisa senão pura maldição contra Deus e as pessoas, pelo  que  sua  obra  e  trabalho  também  passa  a  ser dupla  maldição?  Com  isso  se amaldiçoa também a si mesmo. Daí se originam mendigos e ineptos. Quanto a essa oração constante, entretanto, Cristo diz em  Lucas 11.9s: Deve-se orar sem  cessar, porque é preciso que a gente se acautele permanentemente contra pecado e injustiça, o que não pode suceder onde não se teme a Deus e tem ante os olhos o seu mandamento, conforme diz o Salmo 1: “Bem-aventurado aquele que medita de dia e de noite na lei do Senhor” (v. 2), etc.

Mas também precisamos nos cuidar para que não nos desabituemos da oração certa, e, em última análise, julguemos necessárias obras, que na verdade não o são, destarte ficando enfim relaxados e preguiçosos, frios e enfastiados em relação à oração. Haja vista que o diabo, ao nos assediar, não é preguiçoso nem negligente, e a nossa carne ainda está por demais viva e disposta para o pecado, inclinando-se contra o espírito de oração.
Depois de aquecido o coração por tal pronunciamento oral, encontrando-se assim a si mesmo, ajoelhe-se ou fique parado, com as mãos postas em oração e os olhos voltados para o céu, e fale ou pense tão brevemente quanto pode:

O Pai celeste, Deus querido, sou um pecador pobre e indigno, que não mereço levantar meus olhos ou minhas mãos para ti e orar. Mas como nos mandaste a todos orar, e ainda prometeste atender-nos, e nos ensinaste inclusive as palavras que devemos usar e a maneira como fazê-lo através do teu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, venho obedecer a esse mandamento. E me fio em tua promessa graciosa, e, em nome de Jesus Cristo, oro com todos os teus santos cristãos na terra, como ele me ensinou:

1. “Pai nosso, que estás”, etc.

Em  seguida repita uma parte ou quanto quiser, como  a primeira petição, a saber: “santificado seja teu nome”, e diga: Vem, Deus Senhor, Pai querido, santificar o teu nome tanto em nós mesmos como em todo o mundo! Destrói e elimina os horrores, a idolatria e heresia do turco, do papa e de todos os falsos doutrinadores ou espíritos sectários,1 que usam teu nome de forma enganosa e assim dele abusam de maneira descarada e blasfemam terrivelmente. E afirmam tratar-se de tua palavra e do preceito da igreja. Mas não passa de mentira e dolo do diabo, com o que em teu nome transviam em todo o mundo tantas pobres almas rumo à miséria; e além disso ainda perseguem, matam e derramam sangue inocente, achando que assim estão prestando culto a ti.

Senhor Deus querido, converte e põe um fim. Converte aqueles que ainda precisam ser convertidos, para que venham conosco e nós com eles a honrar, santificar e glorificar o teu santo nome, com doutrina pura e genuína e com uma vida benigna e santificada. Não consintas, porém, que aqueles que não se querem converter, continuem a abusar, profanar e desonrar o teu santo nome e a transviar as pobres pessoas, amém.


2. A segunda petição:
“Venha teu reino”


Diga: Ah, querido Senhor Deus e Pai, estás vendo que não é somente a sabedoria e entendimento do mundo que difamam teu nome e entregam a tua glória à mentira e ao diabo. Todo o seu poder e mando, sua riqueza e glória que lhes deste sobre a terra para governar no âmbito secular e com isto te servir, estão se opondo e resistindo a teu reino. Eles  são  grandes,  poderosos  e  em  grande  número,  gordos,  obesos  e  fartos,  e atormentam, impedem e perturbam o pequeno punhado do teu reino, homens fracos, desprezados e insignificantes. Não os querem tolerar sobre a terra, e ainda acham que assim estão te prestando um grande culto. Querido Senhor, Deus e Pai, aqui converte e susta. Converte aqueles que ainda precisam tornar-se filhos e membros do teu reino, para que eles conosco e nós junto com eles te sirvamos em teu reino em fé genuína e amor autêntico e passemos deste reino iniciado para o reino eterno. E impede aqueles que não querem deixar de usar seu poder e capacidade para perturbar o teu reino, de sorte que, derrubados do seu trono e humilhados, tenham que parar com isso, amém.


3. A terceira petição: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu ”


Diga: Ah, querido Senhor Deus e Pai, tu sabes como o mundo, não podendo eliminar por inteiro o teu nome e acabar com teu reino por completo, lida dia e noite com ardis e peças  malvadas,  tramam  toda  sorte  de  estranhos  atentados,  ficam  maquinando  e conspirando, apóiam-se e se fortalecem mutuamente, ameaçam e se enfurecem, atentam com  as piores  intenções contra  o  teu  nome,  tua  palavra,  teu  reino  e  teus  filhos, procurando matá-los. Por isso, querido Senhor Deus e Pai, leva à conversão e acaba com isso. Converte aqueles que ainda devem reconhecer tua boa vontade, para que junto conosco e nós com eles obedeçamos a ela e desta forma suportemos com paciência e alegria todo mal, cruz e vicissitude, e nisto reconheçamos, provemos e experimentemos tua vontade benigna, misericordiosa e perfeita. Acaba, porém, com aqueles que não querem renunciar à sua fúria, raiva, ódio, ameaça e má intenção de prejudicar. Aniquila e desmascara seus desígnios, atentados e tramóias malvadas. Que se voltem sobre eles mesmos, como canta o Salmo 7.16, amém.

4. A quarta petição: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”

Diga: Ah, querido Senhor Deus e Pai, concede tua bênção também para esta vida temporal e física. Dá-nos misericordiosamente a paz preciosa. Protege-nos de guerra e tumulto. Concede ao nosso caro senhor imperador boa sorte e sucesso contra seus inimigos;  dá-lhe  sabedoria  e  entendimento,  que  governe  seu  reino  terreno  com tranqüilidade e felicidade. Dá a todos os reis, príncipes e senhores o bom conselho e intento  de  manterem  seus  países  e  sua  gente  em  pleno  gozo  de  paz  e  justiça. Principalmente ajuda e orienta nosso querido senhor territorial N., sob cuja proteção e tutela tu nos guardas: Que ele nos proteja de todo mal, e governe de forma bem-aventurada e a salvo de más línguas e gente desleal. Concede a todos os súditos a graça de servirem fielmente e de serem obedientes. Dá que todas as classes, todos os cidadãos e camponeses permaneçam devotos e manifestem amor e lealdade entre si. Concede bom tempo e frutos da terra; encomendo-te também casa e quinta, mulher e filhos. Ajuda que eu os dirija bem e os crie e eduque de forma cristã. Rechaça e domina o perversor e a todos os anjos malignos que nisso causam dano e estorvo, amém.


5. A quinta petição: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”


Diga: Ah, querido Senhor Deus e Pai, não nos leves ao juízo, porque perante ti nenhuma pessoa viva é justa (Salmo 143.2). Ah, não nos imputes como pecado o fato de sermos infelizmente tão ingratos por toda a tua indizível bênção, espiritual e corporal, e de tropeçarmos e pecarmos muitas vezes todos os dias, mais do que sabemos ou podemos perceber (Salmo 19.12). Não leves em consideração quão piedosos ou maus somos, mas sim a tua misericórdia insondável, a nós concedida em Cristo, teu Filho amado. Perdoa também  a todos os nossos inimigos, a todos que nos fazem  sofrer ou  nos fazem injustiça, assim como também nós lhes perdoamos de coração. Pois eles fazem o maior mal a si mesmos ao provocarem a tua ira através de seu comportamento em relação a nós; e a nós de nada adianta a sua perdição, mas sim em muito preferiríamos que tivessem a bem-aventurança conosco, amém. (E quem neste ponto sente que não pode perdoar facilmente, queira pedir a  graça de poder perdoar. Mas isto  faz parte  da pregação.)


6. A sexta petição: “E não nos deixes cair em tentação”


Diga:  Ah,  querido  Senhor,  Deus  e  Pai,  conserva-nos  resolutos  e  bem  dispostos, ardorosos  e  aplicados  em  tua  palavra  e  serviço.  Que  não  nos  sintamos  seguros, preguiçosos e relaxados, como se agora tivéssemos tudo, e o diabo ferino nos assalte e tome de surpresa, e nos tire de novo a tua palavra preciosa ou provoque discórdia e sectarismo entre nós, ou ainda nos atraia ao pecado e à vergonha, seja espiritual ou corporal; mas dá-nos, por teu Espírito, sabedoria e força, para que lhe resistamos com bravura e obtenhamos a vitória, amém.


7. A sétima petição: “Mas livra-nos do mal”


Diga: Ah, querido Senhor, Deus e Pai, esta vida miserável é tão cheia de aflição e infelicidade, tão cheia de perigo e insegurança, tão repleta de deslealdade e maldade (como diz São Paulo: “Os dias são maus” — Efésios 5.16), que bem deveríamos estar cansados da vida e desejosos da morte. Tu, porém, Pai amado, conheces nossa fraqueza. Por isso, ajuda-nos a atravessar seguros esses múltiplos males e maldades. E quando chegar a hora, dá-nos um fim misericordioso e uma despedida venturosa deste vale de aflição. Que não nos amedrontemos diante da morte, nem desanimemos, mas, com fé resoluta, entreguemos nossas almas em tuas mãos, amém.


Por fim, observe que de cada vez você tem que fazer o amém bem forte, sem duvidar de que Deus o está ouvindo com certeza, com toda a graça, e diz sim à sua oração. E lembre-se de que não está sozinho ajoelhado ou parado. Toda a cristandade ou todos os cristãos devotos estão com você, e você entre eles, em oração unânime e concorde, a qual Deus não pode desprezar. E não largue da oração, a não ser que tenha dito ou pensado: Bem, esta oração foi ouvida por Deus, disso tenho certeza e o sei de verdade. Isso é o que significa “Amém”.


Igualmente você deve saber que não quero que todas estas palavras sejam ditas na oração. Isso acabaria dando num palavrório e pura conversa vazia, recitado do livro ou da letra como o foram o rosário entre os leigos e as orações dos padres e monges.1 Muito pelo contrário, quero com isso ter estimulado e ensinado o coração, acerca dos pensamentos que se deve ter durante o pai-nosso. E a esses o coração (quando estiver bem aquecido e disposto a orar) pode expressar muito bem com muitas outras palavras, também com menos ou mais palavras. Pois eu mesmo também não me prendo a essas palavras e sílabas, mas as falo hoje de um jeito, amanhã de outro, conforme estou propenso e disposto. Mesmo assim, sempre me atenho, o quanto posso, a este mesmo pensamento e sentido. Muitas vezes acontece que, em alguma parte ou petição do pai-nosso, eu venho a me delongar em pensamentos tão ricos, que deixo esperar todas as outras seis. E quando vêm tais pensamentos ricos e bons, deve-se deixar de lado as outras preces e dar lugar a esses pensamentos e ouvi-los em silêncio, não os impedindo de modo algum; pois ali está pregando o próprio Espírito Santo. E uma palavra de sua pregação é melhor do que mil orações nossas. Assim também, freqüentemente, aprendi mais em uma só oração do que poderia ter conseguido com muita leitura e reflexão.

Por essa razão é de suma importância que o coração fique livre e disposto para a oração. Como também o diz Eclesiastes: “Prepara teu coração antes da oração, para que não ponhas Deus à prova” (Eclesiastes 5.1s e Eclesiástico 18.23). Que outra coisa é, senão tentar a Deus, se a boca fica tagarelando e o coração está distraído em outros lugares? — como aquele padre que reza assim: Deus, in adiutorium meum intende — peão, já atrelaste o cavalo? — Domine, ad adiuvandum me festina — criada, vai tirar leite das vacas; Gloria patri et filio et spiritui sane-to.2 — anda, guri, que a peste te pega, etc. Dessas orações ouvi e experimentei muitas em meu tempo no papado. E quase todas assuas orações são deste tipo, com que apenas se zomba de Deus. Seria melhor que ficassem brincando, ao invés, já que não podem ou não querem fazer nada de melhor. Eu mesmo orei muitas dessas horas canônicas em meus dias, infelizmente, de sorte que o salmo ou a hora se tinha passado sem que eu me desse conta se estava no começo ou no meio.

Aqui penso em primeiro lugar que Deus exige de mim e me ensina a confiar nele de coração em todas as coisas, e que ele, muito seriamente, deseja ser meu Deus. E como tal devo considerá-lo, sob pena de perder a eterna bem-aventurança. E meu coração em nada mais deve basear-se ou confiar, seja em algum bem, honra, sabedoria, poder, santidade  ou  qualquer  criatura.  Em  segundo  lugar,  sou  grato  à  sua  insondável misericórdia, por se voltar tão paternalmente para mim, homem perdido, oferecendo-se a si mesmo sem ser solicitado nem procurado e sem qualquer merecimento meu, para ser meu Deus, aceitar-me, e por querer ele ser meu consolo, proteção, auxilio e força em todas as aflições. Isso que nós pobres e cegos seres humanos temos procurado diversos deuses e ainda os procuraríamos, caso ele mesmo não se fizesse ouvir de forma tão manifesta e se nos não oferecesse em nossa linguagem humana, querendo ser nosso Deus. Quem, por tudo isso, lhe pode agradecer o bastante para sempre e eternamente? Em  terceiro  lugar,  confesso  e  professo  meu  grande  pecado  e  ingratidão,  de  ter desprezado, de maneira tão vergonhosa, doutrina tão bela e dádiva tão valiosa por toda minha vida, e de ter provocado sua ira de forma tão horrível com inúmeras idolatrias; isso me dói e peço misericórdia. Em quarto lugar, peço e falo: Deus meu e Senhor, ajuda-me por tua graça que eu, a cada dia, consiga aprender e compreender melhor este teu mandamento e possa em confiança sincera, agir de acordo. Protege meu coração, para que não me torne tão esquecido e ingrato, não procure outros deuses nem consolo em quaisquer criaturas, mas permaneça de todo o coração unicamente contigo, meu único Senhor. Amém, querido Senhor Deus e Pai, amém.


terça-feira, 17 de maio de 2011

A marcha triunfal de Cristo

A Marcha Triunfal de Cristo

As imagens militares são abundantes nos escritos de Paulo. Nossa falta de familiaridade com os costumes de guerra limitam o seu impacto sobre nós. Observe 2 Coríntios 2:14-16: "Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?" Este texto descreve a marcha da vitória de um general. Normalmente, ele fazia desfilar os prisioneiros capturados através das ruas, enquanto incenso era queimado celebrando a conquista.


Paulo usou dois aspectos desse costume para ensinar lições espirituais. Primeiro, ele descreveu-se como um "prisioneiro de guerra", vencido por Cristo. Ironicamente, ele não lamentou, mas regozijou-se por ser um troféu no desfile da vitória de Jesus. É uma bênção ser conquistado pelo Senhor. Segundo, ele usou a prática de queimar incenso para descrever como o Senhor espalhava o evangelho. Esta figura é apropriada porque nada é mais penetrante e irreprimível do que uma fragrância. Deus pretende que os cristãos espalhem a palavra em todos os cantos do mundo. O evangelho, como o incenso, provoca reações opostas. Para o exército e para a multidão que dava as boas vindas o incenso era o perfume da vitória, mas era o odor da escravidão e da morte para os prisioneiros. Assim também, nossa resposta ao evangelho é questão de vida ou morte.

Os métodos de ensino de Paulo refletiam seu papel como prisioneiro de Cristo e como mensageiro de um evangelho decisivo. Ele não se sentia com direito a reduzir o evangelho para torná-lo mais popular, mas simplesmente manifestava a verdade (2 Coríntios 2:17; 4:2). Sentindo-se inadequado, ele nunca preencheu o perfil de um chefe auto-confiante. Ele sentiu que poderia exalar um tão potente aroma somente através de Cristo (2 Coríntios 3:4-6) e, assim, buscou somente glorificá-lo.

- por Gary Fisher

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ATRIBUTOS DIVINOS DA TRINDADE




ATRIBUTOS DIVINOS:TRINDADE:


ONIPRESENÇA: * Pai: Jr. 23:24; * Filho: Mt. 28:20; *E.Santo: Sl. 139:7;
ONIPOTÊNCIA: * Pai: Gn.17:1; *Filho: Mt.28:18; *ESanto: Lc.1:35;
ONISCIÊNCIA: *Pai: 1 Pe.1:2; *Filho: Jo.21:17; E.Santo: 1 Co.2:10
DEUS CRIADOR: *Pai: Gn.1:1; Filho: Jo.1:3; *E.Santo: Jó.33:4;
ETERNIDADE: *Pai: Rm.16:26; *Filho: Ap.22:13; *Hb.9:14;
SANTIDADE: Pai:Ap.4:8; *Filho: At. 3:14; *E.Santo: 1 Jo.2:20;
SANTIFICADOR: *Pai: Jo. 10:36; Filho:Hb.2:11; *E.Santo: 1Pe.1:2;
SALVADOR: *Pai: Is.43:11; *Filho: 2 Tm.1:10; *E.Santo: Tt.3:5;
OS TRÊS SÃO UM: (1 Jo.5:7);

sábado, 14 de maio de 2011

O caminho dos salmões

Sl 37.5 “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele tudo fará.”
Sl 37.9 “Pois os malfeitores serão exterminados, mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra.”

Salmão: Grande peixe da família dos salmonideos, de carne rosada e saborosa, peculiar às desembocaduras dos rios europeus.
Queridos irmãos, o salmão é um peixe que tem uma peculiaridade no que diz respeito a sua reprodução, primeiramente eles vivem em rios espalhados pelo continente europeu, e quando na idade adulta, vivem às bases dos rios onde as águas são tranqüilas. Porém quando é chegada à hora da reprodução, eles fazem o caminho contrário ao sentido do rio, subindo as correntezas com o objetivo de desovar na nascente do rio. Lá chegando enfim exaustos põe seus ovos para garantirem a perpetuação de sua espécie.
Irmãos eu vejo a vida dos salmões à semelhança da vida humana, primeiramente pelo aspecto de que todos nós bons ou maus, certos ou errados, ricos ou pobres, homens ou mulheres, livres ou escravos, têm um caminho a seguir. Alguns salmões na verdade se desviam do curso natural da vida e se perdem no erro que os levam a sua destruição. Porém outros orientados por um senso divino, um direcionamento intuitivo, seguem rio acima em direção à nascente. Ora não seria bem mais fácil se seguirem no sentido comum à correnteza onde praticamente não há esforço ou preocupação em se mover? Contudo os salmões sabem que assim fazendo, estarão de encontro à perdição. Certos de que o único caminho é nadar contra a correnteza, onde o desgaste é inevitável, onde a impressão que se tem é de uma luta interminável, sentindo-se por vezes cansados, desanimados, prestes a desistir, contudo eles não desistem. Ora, se já não bastassem toda luta enfrentada para tentar chegar ao topo do rio, ainda assim, eles são surpreendidos por um inimigo em comum, o urso pardo. Estes estão à beira do rio atacando aos salmões já exaustos, confusos, tenham suas vidas ceifadas antes mesmo de alcançar seus objetivos. Mas aqueles que perseveram no caminho e continuam lutando, conseguem se livrar das garras do urso, alcançando enfim o cume do rio, deleitando-se nas calmas e claras águas da fonte da nascente, lá deixando seus ovos, garantindo sua próxima geração de peixinhos.

Queridos os caminhos que escolhemos são cheios de lutas, desafios, armadilhas, onde a sensação que temos é que estamos em uma contracultura. Quando tudo diz que a direção correta é aquela que nos impulsiona para baixo, de maneira geral, facilita os nossos passos, sem nenhum esforço, esta é a direção do mundo. São maneiras ilícitas de se conseguir dinheiro, poder, influência, atos e costumes conforme as concupiscências da carne, trazendo à tona tudo o que é vil e perverso aos olhos de Deus. Mais há um momento na vida de um homem que ele tem um encontro com Jesus (aleluia) e então descobre que o único caminho a seguir é aquele que é guiado pelo Espírito da palavra. Onde esse novo caminho meus irmãos, efetivamente começa quando temos a consciência de que não sou mais eu quem vivo, mas o Cristo que habita em mim e renasceu comigo no momento de minha decisão. A correnteza quando experimentada no sentido contrario meus irmãos é mais forte do que imaginávamos ser, mas agora que temos Jesus como nosso Senhor (aleluia) sentimos confiança em seguir sempre adiante rumo ao alvo (que é Jesus). Para aqueles que não se entregam, prosseguindo rumo ao único caminho, estes se deparam com um inimigo astuto, que tem uma fome eterna e busca tragar a quem puder alcançar. Mas para este inimigo em comum, temos lido nas escrituras sagradas: “Toda palavra de DEUS é perfeita; e escudo é para os que nEle confiam.” (Pv 30.5) e sendo assim queridos irmãos, esperamos no Senhor, pois Ele nos livrará no dia mal, fazendo-nos alcançar nosso verdadeiro galardão, coroados então com a herança da vida eterna, amém!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sermão Tema: Cristo e a Igreja, relação de amor que transcende a eternidade

Algumas pessoas podem não acreditar, mas eu creio que a Pessoa de Jesus está presente em todos os 66 livros da Bíblia Sagrada, e desta forma transcreverei uma das minhas primeiras mensagens aqui no blog, ele se encontra em seu texto base no livro do neto de Jessé, filho de Davi, Salomão.


Texto base: Ct 8.7 "As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam. "

Introdução: Queridos irmãos, Deus tem nos chamado para sermos participantes da sua promessa em Cristo Jesus, de recebermos a herença da vida eterna, quando O aceitamos verdadeiramente como Senhor em nossas vidas, somos parte de sua igreja, fazendo-nos noiva, onde o noivo é Jesus. Noivado fala de compromisso, e aliança fala de sêlo, onde a nossa fé em prática é o compromisso e as obras são os frutos do Espírito que nos é dado.

1. O noivado
a) Relação de amor leva ao compromisso (Gn 29:18, Is 62:5, Ef 5:28)
b) Compromisso fala de exclusividade (1 Tm 3:2, Ex 34:14)
c) Compromisso e seriedade (Pv 6:34, Sl 18:25, Jo 4:23)

2. Cristo e a noiva
a) Ele é o cabeça da relação (Is 54:5, 2 Co 11:2, Ef 1:22)
b) Ele virá buscar sua noiva (1 Jo 5:20, 1 Ts 4:17, Mt 24:30)
c) A noiva tem que estar pura (Ef 5:27, 1 Tm 6:14, 2 Co 11:2)

3. O casamento
a) As bodas (Mt 22:1-13, Rm 14:17)
b) A nova morada (Jo 14:2, Ap 21:1-2)
c) Eternamente com Deus (Ap 21:4, Jo 10:28, Tt 1:2)

Conclusão:

Por tanto quem não estiver fiel ao compromisso firmado com Deus será considerado adultero, devemos pois, refletirmos em que situação nos encontramos e estarmos prontos para o arrependimento, alcançado pela graça a bem aventurada aliança que é dado por Cristo, nosso eterno noivo, marido e Deus, amém. 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

COMPARATIVAS DE RELIGIÕES


O QUE A BÍBLIA DIZ E QUE NÓS ACREDITAMOS:

Nome: Cristianismo Bíblico (NT-Bíblia Sagrada) (At.11:26);
Fundador: Jesus Cristo, filho de Deus Bendito (1 Co.3:11);
Mensagem: Jesus morreu p/salvar pecadores(1Co.15:3-8);
Igreja: Formada por aqueles que são salvos (1 Co.1:2);
Deus: É a Trindade - três pessoas em um Deus. (Mt.28:19;
Jesus: 2ªpessoa da Trindade,filho de Deus-Pai(1Jo.5:11-14);
Salvação: Pela Graça, através da Fé só em Jesus. (At.15:11);
Ressurreição: Jesus subiu no corpo que morreu; (At.1:9);
Escrituras: Bíblia- única Palavra de Deus (66 livros) (2 Tm.3:16).


O QUE OUTRAS RELIGIÕES ACREDITAM:

Nome do grupo: Catolicismo Romano;
Fundador: Jesus, sobre a pedra que é Pedro  (considerado como primeiro Papa);
Mensagem: Sacramentos, caridade, culto a Maria e aos  “Santos”;
Igreja: Os membros da Igreja Católica Apostólica Romana;
Deus: Trindade três pessoas em um Deus;
Jesus: Deus em carne. 2ª pessoa da Trindade;
Salvação:Fora da Igreja Católica Apostólica Romana não há Salvação; 
Ressurreição   de  Jesus:  Sim; 
Escrituras:A  Bíblia  (+  7  livros  apócrifos)  +  a  tradição (Dogmas).
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Nome do grupo: Legião da Boa Vontade  - LBV;
Fundador: Alziro Zarur,04-03-1949.
Mensagem: Assim como Jesus, todos poderão alcançar a perfeição após muitas reencarnações.
Igreja: Todos são cristãos independentes da religião;
Deus: Impessoal ;
Jesus:   Não é Deus nem teve corpo humano;
Salvação: Através da caridade e reencarnações sucessivas; Ressurreição de Jesus: Não;
Escrituras: Livros da LBV.

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Nome do grupo: Espiritismo Kardecista;
Fundador: Dr. Hippolyte Léon Denizard Rivail, vulgo Allan Kardec  (1857); 
Mensagem:  Assim  como  Jesus,  todos  poderão  alcançar  a  perfeição  após  muitas reencarnações.
Igreja: O Espiritismo é a Igreja restaurada e o Consolador prometido por Jesus;
Deus: Não é Pessoa;
Jesus: Não é Deus nem teve corpo humano;
Salvação: Através da caridade e  por reencarnações sucessivas; Ressurreição  de Jesus: Não;
Escrituras: Livros de Allan Kardec e outros.

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Nome do grupo: Testemunhas de Jeová;
Fundador: Charles Taze Russell(1852-1916) Fundada em 1881; Mensagem: Jesus abriu a porta para conquistarmos nossa salvação; Igreja: 144.000 ungidos que irão para o céu.
Deus: Jeová, que é uma só Pessoa;
Jesus:Não é Deus; é o Arcanjo Miguel, a primeira e  única  criatura  de  Jeová. 
Salvação:  Obedecendo  as  ordens  da  Sociedade  Torre  de  Vigia; Ressurreição  de Jesus: Não;
Escrituras: Bíblia deles (Tradução do Novo Mundo) + literaturas dos líderes.

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Nome do grupo: Maçonaria;
Fundador: Anderson e Desagulliers (Londres, 1717);
Mensagem: Buscar o próprio aperfeiçoamento;
Igreja: —;
Deus: Impessoal como força superior; Jesus:Um grande mestre semelhante a Buda, Maomé, e etc. 
Salvação: Erguer templos à virtude e cavar masmorras aos vícios; Ressurreição  de Jesus:Não;
Escrituras: Rituais e manuais secretos.

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Nome do grupo: Adventistas do Sétimo Dia;
Fundador: Ellen Gould White(1860);
Mensagem: Crer em Jesus e observar a Lei;
Igreja: Somente os adventistas;
Deus:Trindade três pessoas em um Deus;
Jesus: Deus em carne. 2ª pessoa da Trindade;
Salvação: Guardando o sábado e os mandamentos;
Ressurreição de Jesus:Sim;
Escrituras: Bíblia e livros de Ellen White.

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Nome do grupo: Mormonismo;
Fundador: Joseph Smith (1805-1844) fundado em 1830;
Mensagem: Alcançar a divindade pelas ordenanças do evangelho mórmon;
Igreja: Membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Deus: Tríade 3 deuses;
Jesus:Não é Deus. É irmão de Lúcifer e dos homens;
Salvação: Salvação pelas boas obras da igreja mórmon;
Ressurreição  de Jesus: Sim;
Escrituras: A Bíblia, Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios, Pérola de Grande Valor.
Nome do grupo: Hinduísmo;
Fundador: — 
Mensagem:  O  homem  deve  se  conformar  com  sua condição para alcançar uma vida melhor na próxima encarnação  
Igreja: —
Deus: O Absoluto. Um espírito universal  (Brahman). Vários deuses são manifestações dele;
Jesus: É um mestre ou avatar (uma  encarnação  de  Vishnu).  Ressurreição   de  Jesus:  Sua  morte  não  foi  expiatória; 
Salvação: Libertação  dos  ciclos  de  reencaranção,  e  absorção  em  Brahman  alcançadas  através  da  Yoga  e meditação. 
Escrituras: Vedas, Upanishads, Bhagavad Gita.

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Nome do grupo: Budismo    
Fundador: Buda (Siddartha Gautama em 525 a.C.)
Mensagem: O alvo da vida é o Nirvana para escapar do sofrimento
Igreja: —
Deus:Não existe. Buda é considerado por alguns como uma consciência universal iluminada  
Jesus: —;
Salvação: O Nirvana (inexistência) que pode ser alcançado seguindo-se o Caminho das Oito Vias;
Ressurreição  de Jesus: —;
Escrituras: A Tripitaka (Três Cestos),que têm mais de100 volumes.

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Nome do grupo: Islamismo  
Fundador: Maomé (610 d.C.)
Mensagem:  Só  Allah  é  Deus  e Maomé o seu profeta;
Igreja: —;
Deus: Alá, um juiz severo. Não é descrito como amoroso
Jesus: Não é Deus, não foi crucificado, voltará para viver e morrer; 
Salvação: O equilíbrio entre as boas e más obras determina o destino eterno no paraíso ou no inferno;
Ressurreição  de Jesus:Não ressuscitou, porque não morreu.
Escrituras: Corão e Hadith. A Bíblia é aceita, mas considerada corrompida.

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Nome do grupo: Judaísmo   
Fundador: Deus (o Eterno), através de Abraão, formou o povo escolhido; Mensagem: O Eterno é o único Deus
Igreja: —
Deus: O Eterno, chamado de Jeová ou Iavé;
Jesus: Simples judeu Salvação: Obediência à Lei e aos Mandamentos;
Ressurreição  de Jesus: Negam;
Escrituras: Tanach (o Velho Testamento), dividido em Lei, Profetas e Escritos.

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Nome do grupo: Umbanda   
Fundador: —
Mensagem: Solução de problemas imediatos com a ajuda dos espíritos. Igreja: —
Deus: Zambi é único, onipotente, irrepresentável, adorado sob vários nomes;
Jesus: Oxalá novo.
Salvação: Prática de caridade material e espiritual como meio de evolução cármica;
Ressurreição  de Jesus:—
Escrituras:Tradição oral.

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Nome do grupo: Candomblé 
Fundador:  Primeiro templo erguido na Bahia, na primeira metade do século XIX;
Mensagem: Dança religiosa de origem africana através da qual as pessoas homenageiam seus orixás;
Igreja: — 
Deus: Olodumarê, criador de todas as coisas, eterno e todo-poderoso; Jesus:—
Salvação:  Ao  morrer  o  candomblecista  vai  para  o  Orum  (nove  céus  sob  o  comando  de  Iansã)
Ressurreição  de Jesus:—;
Escrituras:Tradição oral.